Sumário
Quais satélites estão no Pantera?
A partir de qual tamanho um incêndio pode ser detectado?
Existem detecções satelitais para todos os incêndios?
Por que a detecção satelital chegou atrasada?
Por que não recebi o alerta de uma detecção satelital?
Houve uma detecção satelital, mas não encontrei o incêndio no campo.
Qual a distância máxima de coleta de dados em relação às áreas monitoradas?
Qual a margem de erro da geolocalização dos focos de calor?
É possível identificar a origem do incêndio com base na detecção satelital?
Como os agrupamentos são formados?
Vejo uma detecção satelital na plataforma/website 'x', mas não no Pantera. Por que?
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Quais satélites estão no Pantera?
Atualmente, o Pantera tem dados de focos de calor ativos provenientes de 16 satélites.
A partir de qual tamanho um incêndio pode ser detectado?
Não existe um valor absoluto do tamanho mínimo que um incêndio deve ter para ser detectado, pois vários são os fatores que influenciam. Por exemplo: o ângulo de inclinação do satélite, a energia emitida pelo incêndio, as condições de visibilidade, a posição do sol, o tipo de superfície e respectiva cobertura, entre outros fatores.
Abaixo, estão alguns limiares mínimos reportados na literatura. Esses valores devem ser interpretados com cautela, pois na prática a maior parte dos incêndios tem tamanho maior no momento da detecção.
- GOES (sensor ABI): 4000 m², no nadir e com temperatura a partir de 527ºC. [1]
- Meteosat (SEVIRI): 900 m², no nadir. [1]
- Himawari (AHI): similar ao GOES. [1]
- AQUA e TERRA (MODIS): 100 m², próximo ao nadir, sobre uma superfície homogênea. No entanto, o tamanho que rotineiramente é detectado é a partir de 1000 m². [1]
- Sentinel-3 (SLSTR): similar ao MODIS. [Xu et al., 2020; Xu e Wooster, 2023]
- NOAA-21, NOAA-20, SUOMI-NPP (VIIRS): 40 m² de dia, e 5 m² a noite (50% de chance), para temperaturas a partir de 727ºC. [Schroeder et al., 2024]
- Landsat (OLI): 4 m², durante o dia (> 50% de chance) e 1 m² a noite. [1]
Existem detecções satelitais para todos os incêndios?
Não. É comum, e até frequente, que incêndios reais não tenham um dado de detecção satelital correspondente. Isto pode acontecer por vários motivos:
- O satélite estava fora de operação no momento do incêndio.
- Nenhum satélite passou sobre o local no momento em que o incêndio estava ativo.
- O incêndio não tinha o tamanho e/ou energia suficientes para serem medidos pelo sensor do satélite.
- Não havia condições de visibilidade no momento da passagem do satélite. Exemplo: bloqueio por nuvens; por fumaça espessa; ou pela copa das árvores (em incêndios rasteiros).
- O fluxo de fornecimento de dados foi interrompido na origem. Exemplo: o furacão Helene em set/2024 derrubou os serviços de distribuição de dados ambientais da agência americana NOAA (referência).
Por que a detecção satelital chegou atrasada?
Muitas vezes quando a detecção satelital entra no Pantera, ela já vem com a cor amarela (ou até mesmo cinza) significando que o possível incêndio começou horas atrás.
Este comportamento não é uma falha do Pantera, mas uma limitação intrínseca aos dados satelitais.
O incêndio deve atingir um determinado tamanho para que possa ser detectado pelo satélite (o tamanho exato varia de acordo com o satélite e respectivo sensor). No caso dos satélites com órbita polar, há um intervalo entre o início do incêndio e o momento em que o satélite passa sobre o local e consegue mensurá-lo (aquisição do dado). Depois que o satélite faz a mensuração, há ainda um outro intervalo que é o tempo em que o dado medido demora para ser descarregado na Terra, processado, e disponibilizado para consumo. Por exemplo, no caso dos satélites NOAA-20, NOAA-21 e SUOMI-NPP, este último intervalo é de aproximadamente 2 horas e 20 minutos (média em 2024). Por este motivo, o dado já entra no Pantera na categoria amarela.
Lembrando que o Pantera não demora mais do que 10 minutos para coletar o dado após ele estar disponível para consulta na API da respectiva agência espacial responsável pelo satélite.
Por que não recebi o alerta de uma detecção satelital?
Vejo o dado da detecção satelital no Pantera, mas não recebi o respectivo alerta nos destinos disponíveis (e-mail, WhatsApp, Telegram ou Pantera mobile):
- Verificar no Pantera se o e-mail e/ou WhatsApp estão com algum erro de digitação.
- Verificar se o local da detecção está próximo (até 1 km) de um ponto de fumaça recorrente.
- Verificar se já não houve um alerta prévio para o agrupamento de interesse (isto pode ser conferido no painel do agrupamento selecionado, atributo Alerta enviado?). O alerta é enviado quando o primeiro foco de calor do agrupamento aparece no Pantera. Os focos de calor subsequentes não geram alertas.
Se nenhum dos itens acima for verdadeiro, então abrir um chamado descrevendo a situação. Informar o número identificador (ID) do agrupamento de interesse.
Houve uma detecção satelital, mas não encontrei o incêndio no campo.
Uma possível causa é que o incêndio já tenha se extinguido. Outra possibilidade é quando o incêndio está a certa distância da coordenada indicada pela detecção, por exemplo 1 km, e a fumaça não é tão grande.
É possível também haver detecções satelitais que são falso positivos, isto é, que não representam um incêndio (ou fumaça) real no campo.
Apesar disto, recomendamos que todas as detecções satelitais sejam averiguadas, pois é melhor encontrar um falso positivo, do que deixar passar um incêndio real (verdadeiro positivo). Dica: alguns clientes cadastram no Pantera, Pontos de Interesse do tipo Vizinho (quando eles existem), e usam essa base para conseguir confirmar mais rápido se uma detecção é um incêndio ou não, e se sim, se oferece risco para a área monitorada.
Qual a distância máxima de coleta de dados em relação às áreas monitoradas?
A distância máxima de coleta dos focos de calor é de 2 km* em relação às áreas monitoradas (a camada do tipo buffer, se existir, não é considerada). *valor default.
Entretanto, esta distância pode ser customizada em função da necessidade do cliente.
Qual a margem de erro da geolocalização dos focos de calor?
Cada satélite/sensor possui uma margem de erro, também conhecida como resolução espacial (ver artigo da Detecção Satelital, item Satélites). O polígono do agrupamento de focos de calor já é a representação desta incerteza espacial (significa que o local real do incêndio está em algum lugar dentro do polígono).
É possível identificar a origem do incêndio com base na detecção satelital?
Não exatamente. Os focos de calor representam momentos do incêndio (são uma amostra pequena).
O que é possível saber é qual foi o primeiro foco de calor mensurado do agrupamento. Para isto, olhar na Tabela de focos de calor do agrupamento (não confundir com a tabela de agrupamentos) e ordenar pela coluna aquisição.
Há também a camada da Evolução do agrupamento, onde as vezes dá para ter uma noção espacial do começo, meio e fim do incêndio.
Como os agrupamentos são formados?
Cada foco de calor é transformado em uma circunferência de raio = resolução espacial do sensor / 2. As circunferências que tem intersecção ou que estão muito próximas umas das outras são agrupadas.
Vejo uma detecção satelital na plataforma/website 'x', mas não no Pantera. Por que?
Pode ser que o foco de calor esteja além da distância limiar de coleta em relação às áreas monitoradas (2 km). Neste caso, verifique se é possível visualizar o dado na camada de apoio Focos de calor (ROI). Ela mostra os focos de calor até 20 km das áreas monitoradas, mas sem gerar alertas.
Se não for o caso, recomendamos abrir um chamado incluindo os seguintes dados sobre a detecção conhecida:
- Plataforma/website
- Coordenadas da detecção (latitude e longitude)
- Horário de aquisição
- Satélite
- Fonte do dado